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IGREJA

Gabinete Pastoral

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ARTIGOS DIVERSOS DO PASTOR ADRIANO:

IGREJAS PEQUENAS, OU CONGREGAÇÕES DE IGREJAS GRANDES?
 
Já no meu tempo de estudante na FTBSP, 1969 a 1972, o Pr. Werner Kaschel dizia que de cada dez pastores batistas no Brasil, sete teriam que fazer tendas.
 
A realidade deve continuar a mesma.
 
O que fazer então?
 
Os pastores devem ter consciência disso, e ao assumirem o pastorado de pequenas igrejas saberam que precisam de outra fonte de sustento fora da igreja, e não ficarem querendo tirar das igrejas aquilo que elas não podem dar.
 
Há muitos pastores que já recebem uma modesta aposentadoria, como é o meu caso, e podem muito bem pastorear pequenas igrejas e se contentarem com aquilo que elas podem dar.
 
Duas ou três pessoas reunidas em nome de Jesus formam uma igreja e podem escolher uma delas para liderar.
 
É bíblico ou não é?
 
Digno é obreiro do seu salário, mas dentro das possibilidades das igrejas.
 
Vamos fazer tendas.
 
É melhor que cada igreja, mesmo pequena, seja autônoma, e tenha o seu próprio pastor, com sustento ou sem sustento, do que ser congregação de outra igreja que fica em um município distante, e que também não pode dar a devida assistência.
 
Temos que aceitar a realidade brasileira, que não é a mesma em todas as regiões.
 
Cada grupo de irmãos, ou igreja, deve se autoadministrar de acordo com suas possibilidades.
 
Não ficar achando que igreja grande tem obrigação de ajudar igreja pequena, e nem as Associações e Convenções.
 
O raciocínio é inverso, igrejas pequenas ou grandes, todas contribuíndo fielmente para as Associações e Convenções, para que estas possam realizar aquilo que uma igreja só não pode fazê-lo.
 
Nos meus 37 anos de pastorado nunca pedi nada para Associação ou Convenção, sempre entendi que compete às igrejas enviar aquilo que prometeu quando se filiou, e nunca pedir nada de volta.
 
Cada uma deve realizar o trabalho de acordo com suas possibilidades.
 
A igreja que pastoreio atualmente tinha pedido ajuda para a Associação antes de eu tomar posse, dentro de pouco tempo levei a igreja a dispensar a ajuda.
 
Continuamos a fazer a nossa parte, enviar cinco por cento das entradas para a Associação, dez por cento para a Convenção Estadual, levantar as ofertas de missões mundiais, nacionais, estaduais e regionais, e contribuir para o Lar Batista de Crianças, tudo dentro das nossas possibilidades.
 
Assim creio, e assim faço.
 
Muito obrigado a todos!
 
Pr. Adriano Pereira de Oliveira
 
Igreja Batista de Flórida Paulista, SP.
 
 
 
 
 
 

ETICIDADE E LEGALIDADE DO RECADASTRAMENTO COMO FORMA DE ATUALIZAÇÃO DO ROL DE MEMBROS DAS IGREJAS BATISTAS
 
 
Dentro do princípio bíblico e batista do compartilhamento entre irmãos, postei em alguns grupos e em lista particular de pastores e irmãos em Cristo o método que a Igreja Batista de Flórida Paulista usa para atualizar o seu rol de membros.
 
Resumindo, de vez em quando a Igreja convoca uma assembléia extraordinária para estabelecer um prazo para o recadastramento, distribui fichas para todos os membros, e, findo o prazo, a Igreja, em assembléia, oficializa o novo rol de membros, com aqueles que devolveram a ficha de recadastramento de vidamente assinada.
 
Muitos pastores me escreveram, interessados no assunto.
 
Por isso, estou escrevendo agora sobre a eticidade e a legalidade do método.
 
Alguém definiu educação como sendo aquilo que fica, depois que esquecemos tudo que aprendemos. Gosto dessa definição.
 
No campo da Ética Bíblica e do Direito,  estou me lembrando agora de algumas coisa que aprendi em minhas peregrinações pelas escolas.
 
No campo da Ética Bíblica, estou me lembrando de que ética é a ciência que trata do certo e do errado. Estou me lembrando também de que quando temos que escolher entre o bem e o mal, a escolha é fácil, escolhemos o bem. Quando temos que escolher entre duas coisas boas, escolhemos a que causa o bem maior. Quando temos que escolher entre duas coisas más, escolhemos a que causa o mal menor.
 
Neste momento, estou entendendo que o recadastramento como forma de atualização do rol de membros das igrejas batistas é um método correto, e é o que causa o bem maior e o mal menor.
 
No campo do Direito, estou me lembrando de que uma das diferenças entre o Direito Público e o Direito Privado é que no Direito Público, os seus agentes devem fazer tudo que ele determina, e no Direito Privado, os seus agentes podem fazer tudo que ele não proíbe.
 
As igrejas são regidas pelo Direito Privado, pelo Código Civil, então, as Igrejas podem fazer tudo que ele não proíbe. Não há proibição no Código Civil para se fazer a atualização do rol de membros das Igrejas através do recadastramento.
 
O assunto pode constar no Estatuto da Igreja, mas se não constar, basta ter um artigo dizendo que os assuntos omissos são resolvidos pela assembléia da Igreja. Nem tudo pode constar no Estatuto, fica para os assuntos omissos.
 
Assim, segundo o meu entendimento,  as igrejas, como orgãos civis, regidas pelo Código Civil, podem fazer tudo que ele não proíbe.
 
Pr. Adriano Pereira de Oliveira
 
Igreja Batista de Flórida Paulista, SP.
 
 

CUMPRINDO UMA MISSÃO

 

A missionária Esther Ergas me deu uma missão: Escrever alguma coisa do coração sobre minha convivência com a Missionária Ana Wollerman. Tia Ester, como é conhecida entre os alunos do Seminário, disse que muita coisa já foi escrita sobre Dona Ana, mas ela queria que eu escrevesse algo que partisse do coração, e não de pesquisas em livros.

É isto que vou procurar fazer neste modesto artigo. Primeiramente, quero salientar que Esther Ergas é a pessoa que mais conviveu com Ana Wollerman, tanto no Brasil, como nos Estados Unidos. Foi sua companheira inseparável.

A primeira vez que ouvi falar de Ana Wollerman, surgiu em minha mente um pensamento, uma comparação, Ana Wollerman é para o Mato Grosso (naquele tempo ainda não tinha sido criado o Mato Grosso do Sul) o que Rosely Appleby foi para Minas Gerais, ou seja, uma avivalista, uma mulher de oração.

Foi isso que constatei a partir de 1973, quando assumi o pastorado da Igreja Evangélica Batista de Ponta Porã. Eu tinha lido muito sobre avivamento espiritual, pois fui discípulo de Enéas Tognini. Percebi que o que estava ocorrendo no sul do Mato Grosso, região de Dourados, era um verdadeiro avivamento espiritual. Pessoas se convertendo em grande quantidade, grandiosos encontros de jovens para louvor e oração, muitos jovens sendo vocacionados para o ministério, muita alegria, muito fervor espiritual, muito amor entre os irmãos. Era o ambiente que eu desejava para começar o meu ministério.

Logo tomei conhecimento de que tudo tinha começado quando alguns obreiros daquela região, liderados pela missionária, sentiram o desejo de clamar fervorosamente ao Senhor. Entre eles, estavam a missionária Esther Ergas, o pastor Washinton Antenor de Souza, da PIB de Dourados, o evangelista Nelson Alves dos Santos e o diácono José Pereira Lins. Mais tarde, chegou também o pastor Williams Balaniuc para reforçar o grupo.

Foi em consequência desse avivamento que surgiu um Instituto de Férias, que em 1974 se transformou em Instituto Teológico Batista Ana Wollerman, e que hoje é uma Faculdade Teológica credenciada pelo MEC.

Durante o tempo em que estive em Ponta Porã, 1973 - 1987, servi ao Seminário como professor e como membro do Conselho Administrativo, ocupando algumas vezes a presidência. No início, os professores não recebiam salários, eram voluntários, mas não tinha salário maior do que o privilégio de conviver com aquele ser humano maravilhoso que era a querida missionária Ana Wollerman, e ouvir suas palavras de gratidão. Eu ficava emocionado quando ela dizia para mim:

- Como eu louvo a Deus pela vida do irmão!

Por sugestão dela, enquanto eu estava em Ponta Porã, fui convidado duas vezes para assumir a direção do Seminário. A primeira, quando o pastor Williams Balaniuc deixou a direção. A segunda, quando o professor Ivan Araújo Brandão saíu. Mas entendi que não era o momento de assumir.

Mais tarde, em 1989, quando eu estava pastoreando a Igreja Batista do Bairro do Limão, em São Paulo, e ela já estava aposentada nos Estados Unidos, veio o terceiro convite. Aí, fui exortado pelo meu irmão Abel Pereira de Oliveira a aceitá-lo. Ele disse:

- Rapaz, quando Deus fala pela terceira vez o negócio não é brincadeira!

Deixei a Igreja Batista do Bairro do Limão e o curso de Pedagogia na USP, e fui assumir a reitoria do Seminário num período de crise, quando a torneira estava fechada, e os dólares não estavam vindo dos Estados Unidos. Mas graças a Deus a confiança foi restabelecida, a torneira se abriu, e, num período de três anos, construímos a capela e a biblioteca.

Dona Ana ajudou financeiramente muita gente. Eu fui ajudado por ela a participar da Campanha Evangelística promovida pela nossa Junta de Missões Mundiais em Portugal e na Espanha, em 1984. A ajuda dela foi fundamental para minha participação.

Louvado seja Deus por tudo!

Pr. Adriano Pereira de Oliveira

Igreja Batista de Flórida Paulista, SP.

 

    SUCESSÃO PASTORAL

O processo que Deus usa para conseguir um novo pastorado para um pastor batista é um mistério.
 
As igrejas batistas são autônomas, cada uma escolhe o seu próprio pastor.
 
Muita gente de fora do meio batista não consegue entender como isso funciona.
 
Só com muita oração e jejum.
 
Certa ocasião, eu estava precisando mudar de pastorado.
 
Falei com pastores amigos, secretário executivo de determinado campo, e nada aconteceu.
 
Um dia, um ex-membro da igreja que eu pastoreava foi tomar um banho de mar, lá começou a conversar com um homem desconhecido, o homem era batista também, pediu ao ex-membro de minha igreja que orasse por ele porque ele estava com uma responsabilidadade muito grande, era o relator da comissão de sucessão pastoral de sua igreja.
 
Nem bem ele fechou a boca, o ex-membro de minha igreja disse:
 
- Convide o Pastor Adriano!
 
- Quem é o Pastor Adriano?
 
E o ex-membro de minha igreja aproveitou a oportunidade para dizer quem era o pastor Adriano, e insistiu com o irmão para que me convidasse.
 
Não deu outra. Foi assim que me tornei pastor da Igreja Batista do Bairro do Limão, em São Paulo, em 1987.
 
Aleluia!!!!!!!!!!
 
Louvado seja Deus por tudo!!!!!!
 
Grande abraço a todos.
 
Pr. Adriano Pereira de Oliveira
 
Igreja Batista de Flórida Paulista, SP.
 
 
MEU SÉTIMO ANO NOVE ESTÁ TERMINANDO
 
 
No dia 31 de dezembro de 2008, escrevi o texto seguinte que foi publicado em O Jornal Batista de 26 de janeiro de 2009:
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"MEU SÉTIMO ANO NOVE
 
Se eu estiver vivo amanhã, estarei entrando no meu sétimo ano nove. Mudanças radicais em minha vida sempre aconteceram no ano nove. Meu primeiro ano nove foi 1949. Comecei o ano com uma mudança radical e dolorosa em minha vida. Minha querida mãe faleceu dia 28 de dezembro de 1948. Comecei 1949 órfão de mãe, com menos de seis anos de idade.

Meu segundo ano nove foi também um ano de mudança radical. No dia 18 de julho de 1959, com 16 anos de idade, deixei Itamira, Espírito Santo, e vim para São Paulo, sozinho. Mudança radical.

O ano de 1969 foi também um ano de mudança radical. Orientado por meu pastor, Walter Wedemann, que queria que eu fosse para o Seminário do Sul, deixei o meu emprego de período integral para me adaptar à nova vida de seminarista, com um emprego de meio expediente no Colégio Batista Brasileiro (SP), enquanto estudava na FTBSP, e recebia ajuda financeira da Igreja Batista de Perdizes, em troca de alguns serviços.

O ano de 1979 me encontrou como pastor da IB de Ponta Porã (MS), e envolvido na criação da Faculdade Teológica Batista do Oeste do Brasil, da qual fui eleito primeiro diretor pela mesma assembleia que a criou. Foi um ano muito agitado.

O ano de 1989 me encontrou no pastorado da IB do Bairro do Limão, São Paulo (SP), e no curso de Pedagogia na Universidade de São Paulo (USP), mas na metade do ano deixei o pastorado e a USP para assumir a reitoria do Seminário Ana Wollerman, em Dourados (MS).

No ano de 1999, eu estava no pastorado da IB do Belém, São Paulo (SP), e lecionando no Instituto Betel de Ensino Superior. No final do ano, deixei o pastorado da Igreja. Continuei no Betel até o final de junho do ano 2000. Em agosto, assumi o pastorado em Flórida Paulista, onde estou há mais de oito anos.

Repetindo, se eu estiver vivo amanhã, e desejo muito estar, 2009 me encontrará em Flórida Paulista, cidade que amo, pela qual oro diariamente, e evangelizo seu povo a cada instante.

Louvado seja Deus por tudo! Que mudanças 2009 me trará? Que mudanças Deus terá para minha vida em 2009? Só Deus sabe."

 

Hoje, 31 de dezembro de 2009, olho para trás e louvo a Deus por tudo que aconteceu em minha vida durante este ano.

Além de muitas bênçãos recebidas na família e no ministério pastoral, tive a felicidade de conhecer  minha querida esposa.

No dia 13 de janeiro, conheci Adriana Rodrigues de Oliveira, crente batista, membro da PIB de Piedade, SP.

No dia 25 de abril, dia do meu aniversário, foi realizado o nosso casamento naquela cidade.

Portanto, 2009, foi também um ano de grande mudança na minha vida, e para melhor, passei do estado civil de divorciado há 16 anos para o de homem casado.

Louvado seja Deus por tudo!!!!!!!!

Adriano Pereira de Oliveira

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http://floridapaulista.sp.gov.br

 

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ADRIANA E ADRIANO

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